DEMOCRATIVA - BNDES
(12/04)

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Instituto Democrativa realiza reunião com representantes do BNDES

No dia 12 de abril foi realizada um reunião na sede do BNDES em São Paulo com a Assessora do Presidente do BNDES, Helena Maria Martins Lastres, através de uma videoconferência ? São Paulo / Rio de Janeiro. Participaram também da reunião o Chefe de Departamento Regional Sul,  Guilherme Castanho Franco Montoro e Assessores Seniores do Presidente do BNDES. 

A reunião teve como intuito apresentar estudos e gráficos que apontam um método mais eficaz para diminuir a inflação no país. José Alves Filho, presidente do Instituto Democrativa, iniciou a reunião abordando sobre temas como a Taxa SELIC, o coma induzido que o Brasil se encontra e a gravidade da situação do econômica do país atualmente.

Alves ainda citou a redução da SELIC como o método mais eficaz para retomar a saúde econômica do país. Segundo ele, reduzindo a SELIC teremos uma rápida retomada no crescimento econômico dos estados, diminuição do desemprego, retomada do superávit , mais recursos para saúde, educação, transporte, segurança e infraestrutura, além disso os estados poderiam reduzir sua dívida com o governo federal.

O presidente ressaltou durante sua explicação que um problema que agrava ainda mais a situação do País, é o pagamento dos juros mensais da dívida que o Governo Federal é obrigado a ?contabilizar?, com a taxa Selic de 14,25% aa. Só em janeiro de 2016, contabilizou aproximadamente R$ 56 bilhões de juros, o que resultará num custo anual de juros de aproximadamente R$ 670 bilhões.

Caso o Brasil operasse com uma taxa SELIC de 7,00%, teríamos que contabilizar juros ao redor de R$ 28 bilhões, traduzindo uma economia mensal de R$ 28 bilhões e anual de R$ 336 bilhões. Operando com SELIC de 3%, o custo da dívida em juros, a ser contabilizada, cairia para R$ 12 bilhões ao mês, traduzindo uma economia mensal de R$ 44 bilhões e anual de R$ 528 bilhões.  Nestes dois exemplos, não seria necessário o aumento de Contribuições Federais, tirando dinheiro das Empresas e Consumidores, seja via CPMF ou outros mecanismos que aumentaram os Impostos e Contribuições no País.

Durante a reunião, o professor Marcelo Ladvocat, das Faculdades ALFA, citou diversos exemplos de crédito no Brasil e no mundo, mostrando que o Brasil está muito aquém de ser um exemplo no assunto. Ele cita que a Holanda tem 179% de financiamentos sobre o PIB, os EUA opera com 166%, Irlanda com 148%, enquanto o Brasil que é um País com 206 milhões habitantes, com Mercado Interno relevante como ancora para a Industria e o Comercio, opera com a porcentagem de apenas 53% de financiamento sobre o PIB. O professor ressaltou que estas constatações reforçam que o problema não é o tamanho dívida, mas sua qualidade.

Já o economista Amir Khair, consultor da Democrativa, citou que a situação que vivemos hoje, deve-se muito a esta mudança de posição sempre equivocada, que vem sendo feita há muito tempo. Segundo ele, as taxas dos juros travam a economia. ?Sabemos que grande parte do consumo hoje é feito através do crediário. Uma pessoa que compra um bem hoje, com uma taxa de juro de 148% aa, estará praticamente pagando duas vezes e meia o preço à vista. Os Países emergentes, hoje praticam, no máximo, uma taxa de 10% ao ano?, explicou Khair.

Ao final da reunião, Helena Maria Martins Lastres, fez algumas considerações sobre o assunto. Ela citou que esse é um debate da maior importância e que deveria receber mais atenção. Citou também que vários analistas deveriam estudar mais o assunto e abordou sobre a necessidade de concentrar para desenvolver e falou sobre a quebra dos dogmas que se associam inclusiva à alta taxa de juros.

Para finalizar, a assessora comentou que Luciano Coutinho, presidente do BNDES, desenvolveu uma visão sobre regimes malignos e benignos ao investimento produtivo e inovativo, comparando situações de países que tinham essas variáveis macroeconômicas diferenciadas. Ela ainda fez uma importante consideração: ?Este tema deveria ser mais discutido nas universidades o assunto, e na mídia, pois o assunto merece mais visibilidade?.

Representando a Democrativa, participaram da reunião: José Alves Filho, Marcelo Ladvocat, Aurélio Transoco, Amir Khair e Carolina Noura.